A função primária de uma bomba hidráulica é a de transportar fluidos a partir de um reservatório ou tanque até outras partes do sistema. Ela transforma a energia mecânica recebida de um motor em pressão do fluido. Essa pressão é então transferida para cilindros, atuadores ou motores hidráulicos. Existem bombas com princípios de funcionamento diferentes: palhetas, engrenagens, pistão, parafuso, mas as principais são as de engrenagem e pistão. Todas podem ser utilizadas para uma mesma aplicação, embora seja recomendado, por exemplo, a bomba de pistão para casos onde seja necessária uma maior pressão. Dessa forma, não devem ser feitas adaptações, uma bomba sempre deve ser substituída por outra de mesma especificação.
É importante ressaltar que as bombas hidráulicas não produzem pressão, apenas produzem fluxo: o movimento do fluido que, ao encontrar uma resistência, gera pressão. A resistência pode ser uma válvula, uma carga ou até mesmo a gravidade. Uma bomba ligada e sem fluxo de fluido terá a pressão zerada em sua saída.
As bombas podem ser classificadas conforme seu tipo de deslocamento: positivo (fixo) ou não-positivo (variável). As bombas de engrenagem são de deslocamento fixo, quer dizer que bombeiam sempre o mesmo fluxo a cada revolução, independente da pressão de saída. Bombas de palheta, por exemplo, além de alguns modelos de bombas de pistão, possuem o deslocamento variável, onde a vazão e pressão de saída podem ser alteradas durante a operação.
As bombas de engrenagem possuem boa eficiência, são relativamente silenciosas, além de uma maior tolerância para contaminação, mas isso não quer dizer que os procedimentos de instalação possam ser ignorados: o óleo do sistema todo deve ser trocado, os reservatórios e as mangueiras devem estar totalmente limpas. A maior causa de falha em bombas de engrenagem ainda é a própria contaminação (mais de 80% dos problemas verificados). Seu funcionamento consiste em um par de engrenagens que gira e movimenta o fluido através dos dentes de um lado para o outro. Essas engrenagens podem ser externas (encaixadas lado a lado) ou internas (uma dentro da outra).
Sempre haverá uma entrada e uma saída de óleo na bomba, e para diferenciar as duas é simples: o furo da entrada sempre será maior que o furo da saída. O sentido de rotação também pode ser identificado utilizando esses furos, basta virar o furo maior (entrada) para você, com o eixo da bomba apontado para cima. Se a engrenagem motora (aquela que estiver fixa no eixo que sai da bomba) estiver à sua direita, a bomba tem sentido anti-horário. Se a engrenagem ficar ao lado esquerdo, a bomba tem sentido horário.
Algumas bombas de engrenagem podem até ser invertidas (trabalhar de maneira reversa), sendo comum encontrar bombas simétricas, onde há uma facilidade de trocar os componentes centrais.
Bombas de pistão possuem a maior eficiência volumétrica, conseguem prover maior pressão de fluido e possuem um tempo de vida superior. Por outro lado, costumam ser mais caras, além de sua manutenção ser mais complexa. Nessas bombas, o funcionamento é via uma placa inclinada, com os pistões fixos a ela. O movimento faz com que ocorra uma variação volumétrica dentro da câmara dos pistões, gerando a pressão hidráulica na saída.
Com o funcionamento normal da bomba, os componentes internos se desgastam, e ela vai lentamente perdendo sua eficiência. Caso a perda de eficiência ocorra de forma prematura, é necessário checar por contaminações no óleo, pois pode haver desgaste excessivo das engrenagens ou mancais. Caso note um barulho alto e o aquecimento da bomba, pode estar ocorrendo um fenômeno chamado cavitação. Ela danifica rapidamente os componentes internos e pode ser causada por uma possível entrada de ar no sistema, por isso, é necessário sempre seguir as manutenções preventivas e inspecionar todos os componentes do circuito hidráulico, realizando as trocas de óleo no momento indicado.